Técnico português analisou a derrota do United no dérbi de Manchester e lamentou a falta de eficácia e os erros defensivos nos golos sofridos
O Manchester United voltou a sair derrotado frente ao rival da cidade. No dérbi de Manchester, disputado este domingo, os red devils perderam por 0-3 diante do Manchester City, e no final do encontro Ruben Amorim reconheceu que os erros defensivos foram determinantes para o desfecho da partida.
«Se olharmos para os golos, são golos que conseguimos evitar. Essa foi a maior diferença. Sofremos golos em situações nas quais claramente podíamos ter feito melhor, sobretudo no segundo. Começámos bem a segunda parte, estávamos a pressionar para chegar ao golo que reabria o jogo e até tivemos uma oportunidade de fazer o 2-1, que o [Bryan] Mbeumo podia ter marcado. Esses momentos caíram sempre para o adversário. E depois o terceiro golo… é difícil de descrever. Sofremos golos que podíamos evitar. Quando é só mérito do adversário, aceita-se, mas não podemos sofrer este tipo de golos», lamentou o técnico.
Questionado se a fragilidade defensiva se trata de um problema mental, Amorim descartou essa possibilidade: «A maior diferença foi que nas nossas transições não conseguimos marcar. Especialmente na segunda parte, o jogo mudou e sofremos nós em transição. Eles foram melhores nesse momento e, se olharmos para os lances dos golos, vemos que podíamos claramente tê-los evitado. E isso fez a diferença num jogo destes.»
«No terceiro golo houve falta de qualidade na ligação, ninguém sabia quem devia atacar a bola e o adversário ficou livre para marcar. No primeiro, ele aparece no meio de quatro jogadores. Podíamos ter sido mais agressivos, porque estávamos perto da bola. No segundo, quisemos recuperar demasiado rápido num lançamento e ficou um contra um. O Leny foi pelo lado de fora em vez de pelo lado de dentro. Estes detalhes trabalham-se, mas num jogo destes precisamos de ser perfeitos. E não fomos.»
Já sobre a finalização, Amorim não escondeu a frustração pela falta de eficácia: «A frustração é sempre a mesma, porque com o número de oportunidades que criamos temos de marcar. Se não marcamos, não abrimos o jogo e não conseguimos controlá-lo de forma diferente. Quando estamos a perder 2-0, sente-se que o golo pode aparecer, mas se não voltamos a reabrir o jogo, é uma questão de tempo até sofrermos mais. Se subirmos mais jogadores, ficamos expostos em transição. É frustrante e há muito para trabalhar antes do próximo jogo.»
Por fim, Ruben Amorim sublinhou que não vai alterar a sua filosofia de jogo e vai mais longe, lançando mensagem para os donos do clube, a INEOS, depois de confrontado pelos jornalistas com as 8 vitórias em 31 jogos na Premier League.
«Não é registo que se deva ter no Manchester United. Há muitas coisas que não sabem que aconteceram nos últimos meses. Aceito isso. Mas não vou mudar. Quando quiser mudar a minha filosofia, eu mudo. Caso contrário, se calhar, têm de mudar o treinador. Vou jogar com o meu estilo até entender que devo mudar», finalizou Amorim.
