Federação Portuguesa de Futebol trai família de Diogo Jota

Redes Sociais Revoltam-se Contra a FPF e Pedro Proença Após Omissão de Diogo Jota em Publicação Comemorativa

Passaram-se pouco mais de duas semanas desde o trágico acidente que vitimou Diogo Jota, jogador da Seleção Nacional de Portugal e do Liverpool FC, bem como o seu irmão, André Silva. Os dois seguiam num Lamborghini em Espanha, numa viagem com o objetivo de levar o craque português até um barco que o transportaria para Inglaterra. A perda abalou profundamente o mundo do futebol, com milhares de adeptos, colegas de equipa e figuras públicas a expressarem o seu luto e apoio à família enlutada. No entanto, a recente ação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sob a liderança do novo diretor Pedro Proença, desencadeou uma onda de indignação nas redes sociais, com muitos a considerarem a atitude da entidade como uma traição à memória do jogador e à sua família.

A controvérsia teve início quando a FPF publicou nas suas plataformas digitais uma homenagem à conquista da Liga das Nações pela Seleção Nacional. A publicação, repleta de imagens vibrantes e momentos marcantes da campanha vitoriosa, foi pensada para celebrar a união e o sucesso coletivo da equipa. Contudo, rapidamente os adeptos notaram uma ausência gritante: em nenhuma das imagens divulgadas aparece Diogo Jota, um dos jogadores que contribuiu para o sucesso da equipa portuguesa. A omissão do avançado, que faleceu no dia 3 de julho, foi interpretada por muitos como uma escolha deliberada da FPF para excluir a sua imagem da homenagem, num momento ainda sensível para os fãs, colegas e, sobretudo, para a família do jogador.

Reação nas Redes Sociais

A reação nas redes sociais foi imediata e avassaladora. Milhares de seguidores da FPF, adeptos da Seleção Nacional e fãs de Diogo Jota expressaram a sua revolta e incredulidade face à ausência do jogador na publicação. Comentários como “Era o mínimo homenagearem o Jota”, “Não há uma foto dele? Isto é uma falta de respeito” e “Que tristeza, esqueceram-se de quem deu tanto à Seleção” multiplicaram-se nas plataformas digitais, com muitos utilizadores a partilharem as suas próprias memórias do jogador, incluindo imagens e vídeos dos seus momentos mais emblemáticos com a camisola de Portugal.

A ausência de Jota não passou despercebida, especialmente porque o jogador era amplamente reconhecido pelo seu talento, dedicação e carisma, tanto dentro como fora de campo. Para muitos, a decisão da FPF de não incluir o avançado na homenagem foi vista como uma tentativa de apagar a sua contribuição para a conquista da Liga das Nações, algo que os adeptos consideram inaceitável. “Como é possível celebrarem uma conquista em que o Jota foi tão importante e não incluírem uma única imagem dele? É uma falta de sensibilidade enorme”, escreveu um utilizador no Twitter, num comentário que rapidamente acumulou milhares de gostos e partilhas.

Contexto da Controvérsia

A indignação ganha ainda mais peso quando se considera o contexto emocional que envolve a morte de Diogo Jota. O jogador, que se destacou como um dos pilares da Seleção Nacional e do Liverpool FC, era admirado não só pelo seu talento excecional, mas também pela sua humildade e ligação próxima com os adeptos. A sua partida, juntamente com a do seu irmão André Silva, deixou uma marca profunda no coração dos portugueses, com tributos espontâneos a surgirem em estádios, redes sociais e até em murais espalhados pelo país.

A escolha da FPF de omitir Jota da publicação comemorativa é ainda mais difícil de compreender quando se considera que outras figuras da Seleção Nacional, incluindo jogadores com menos minutos em campo durante a campanha da Liga das Nações, foram destacadas nas imagens partilhadas. Este facto intensificou as críticas, com muitos a questionarem se a decisão foi intencional ou resultado de uma falha de comunicação interna na federação. “Se foi um erro, é um erro imperdoável. Se foi de propósito, é ainda pior”, lê-se num comentário amplamente partilhado no Instagram.

O Papel de Pedro Proença

A controvérsia também colocou o novo diretor da FPF, Pedro Proença, no centro das atenções. Desde que assumiu a liderança da federação, Proença tem enfrentado o desafio de modernizar a entidade e fortalecer a relação com os adeptos, mas este incidente parece ter abalado a confiança de muitos. Alguns utilizadores nas redes sociais chegaram a pedir a demissão de Proença, acusando-o de liderar uma gestão desrespeitosa e desconexa com os valores do futebol português. “Pedro Proença, isto é o quê? Onde está o respeito pela memória do Jota?”, questionou um adepto numa publicação que gerou grande debate online.

Até ao momento, a FPF não emitiu qualquer comunicado oficial sobre a polémica, o que apenas intensificou as críticas. A ausência de uma resposta clara da federação levou muitos a especularem sobre as razões por trás da omissão de Diogo Jota, com teorias que vão desde uma possível falha de planeamento até a uma tentativa de evitar destacar um jogador falecido numa celebração. Seja qual for a explicação, o impacto da decisão já se fez sentir, com a FPF a enfrentar uma crise de imagem num momento em que deveria estar a celebrar uma conquista histórica.

Um Chamado à Homenagem

Entre os muitos comentários nas redes sociais, há um apelo comum: que a FPF corrija o erro e preste uma homenagem condigna a Diogo Jota. Muitos adeptos sugeriram a criação de uma publicação dedicada ao jogador, com imagens e vídeos que celebrem a sua carreira e o seu contributo para a Seleção Nacional. Outros pediram gestos mais simbólicos, como um minuto de silêncio nos próximos jogos da equipa ou até a retirada do número da camisola de Jota em sua memória.

Enquanto a controvérsia continua a crescer, a memória de Diogo Jota permanece viva no coração dos adeptos, que não esquecem o impacto do jogador dentro e fora de campo. Resta agora saber como a FPF e Pedro Proença irão responder a esta onda de indignação e se tomarão medidas para reparar o que muitos consideram uma afronta à memória de um dos maiores talentos do futebol português.