Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas do Brasil, faleceu nesta terça-feira, 8 de agosto de 2025, aos 66 anos, no Hospital Barrador, no Rio de Janeiro. O artista, que lutava contra complicações de saúde desde um acidente vascular cerebral hemorrágico em 2017, não resistiu a uma pneumonia que o afetava desde maio deste ano. A notícia da sua morte choca o Brasil, que perde um ícone da música e um símbolo de resistência cultural.
Nascido em setembro de 1958 no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz começou sua carreira nas rodas de samba do bloco Cacique de Ramos, onde aprendeu com mestres como Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Compositor talentoso, ele deixou um legado inestimável, com mais de 700 músicas registradas e sucessos que se tornaram hinos do samba, como “Seja Sambista Também” e “Castelo de Cera”. Sua trajetória inclui 12 anos no grupo Fundo de Quintal e uma carreira solo que o consolidou como uma das vozes mais respeitadas do gênero.
Arlindo também se destacou em diversas competições de samba-enredo, conquistando 19 vitórias e se tornando uma figura essencial nos carnavais cariocas. Sua última grande participação foi em 2023, quando desfilou em homenagem a sua vida, mesmo debilitado, emocionando fãs e admiradores.
A vida pessoal de Arlindo era marcada por amor e união. Casado com Babi Cruz, ele deixa três filhos, incluindo Arlindinho, que seguiu seus passos na música. Sua fortuna, estimada entre 20 e 30 milhões de reais, será dividida entre a família, mas seu verdadeiro legado é a música que transcende gerações.
O Brasil chora a perda de um sambista que não apenas encantou com sua arte, mas também inspirou muitos com sua resiliência. O samba perde um de seus maiores representantes, mas a memória de Arlindo Cruz viverá eternamente nas notas de suas canções.
