Após 40 dias, polícia recebe informação do local onde estão os 4 homens desapar…Ver mais

Casos de desaparecimento prolongado sempre geram enorme repercussão, não apenas pelo impacto emocional nas famílias, mas também pelo envolvimento das forças de segurança. Quando quatro homens sumiram em Icaraíma, no noroeste do Paraná, em agosto, a situação se transformou em uma das maiores operações policiais recentes do estado. Isto é, não se trata apenas de um episódio isolado, mas de uma investigação complexa que já dura mais de 40 dias.

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Durante esse período, surgiram diversas pistas, prisões e hipóteses, mas até agora não havia confirmação sobre o paradeiro das vítimas. Agora, uma nova linha de investigação reacende a esperança de que o caso esteja prestes a ser solucionado. A saber, as autoridades concentram seus esforços em uma área de mata fechada próxima ao Porto Jundiá, às margens do rio Ivaí.

A informação mais recente aponta que os corpos poderiam estar ocultos em dois poços desativados na zona rural do município. Ou seja, se confirmada, essa descoberta pode encerrar parte da angústia das famílias e abrir caminho para a responsabilização dos envolvidos.

O que se sabe sobre o caso dos 4 homens mortos no Paraná - 19/09/2025 -  Cotidiano - Folha

Carta anônima, poços desativados e carro enterrado

A nova linha de investigação teve origem em uma carta anônima entregue à família de uma das vítimas. O bilhete indicava com detalhes o local exato onde os corpos estariam, mencionando inclusive um sítio específico na Estrada Jundiá, na chamada “Mata do Tenente”. A partir disso, as buscas foram redirecionadas para a região.

A polícia já havia encontrado uma pista crucial anteriormente: uma picape Fiat Toro branca, veículo das vítimas, enterrada em um bunker de mata fechada a cerca de 8 km do último ponto onde foram vistos. O carro apresentava marcas de sangue e perfurações por disparos, a fim de reforçar a hipótese de execução planejada.

Agora, os dois poços desativados são o principal foco da investigação, mas as equipes também apuram a existência de possíveis cemitérios clandestinos na área. Ou seja, a possibilidade de haver mais vítimas ligadas à mesma rede criminosa não está descartada.

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Suspeitos foragidos e expectativa de justiça

Os principais suspeitos identificados são Antônio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo, de 22. Ambos estão foragidos desde agosto e, segundo a investigação, teriam planejado a emboscada. Antônio já possuía antecedentes por porte ilegal de arma, enquanto o filho não tinha registros criminais até então.

De acordo com a Polícia Civil, as vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza — teriam ido à região a fim de cobrar uma dívida de aproximadamente R$ 250 mil relacionada a uma propriedade rural. A emboscada, portanto, teria sido preparada para silenciá-los.