🖤Novos pormenores da tragédia que vitimou família migrante no IP2

🖤Novos pormenores da tragédia que vitimou família migrante no IP2

Um trágico acidente ocorrido na madrugada de sábado, 9 de agosto, no IP2, em Castro Verde, ceifou a vida a seis pessoas, deixando para trás uma história trágica, sobretudo para a única filha sobrevivente da família. A jovem, que vive agora no Reino Unido, teve um papel fundamental no alerta às autoridades depois de se aperceber que tinha perdido o contacto com os seus familiares, numa tentativa desesperada de descobrir o que tinha acontecido. Viu-se então confrontada com a árdua tarefa de ajudar a identificar os corpos, que ficaram irreconhecíveis devido ao fogo que consumiu o veículo após o acidente.

A família, natural de Mourão, Alentejo, mas residente no Reino Unido há muitos anos, está de regresso a Portugal para passar férias. Para a viagem, alugaram um carro no Aeroporto de Faro, onde iniciaram uma viagem que terminaria em tragédia. O carro transportava o pai, de 55 anos, a mãe, de 51, os filhos gémeos, ambos de 20 anos, e a namorada polaca de um deles, de apenas 19 anos. Todos morreram numa violenta colisão frontal com outro automóvel, conduzido por um homem de 26 anos, que também faleceu.

A colisão, ocorrida ao km 387,5 do IP2, cerca das 2 horas da manhã, foi de tal forma grave que o carro da família se incendiou, não sendo possível a identificação imediata das vítimas devido aos restos carbonizados. A filha, que não se encontrava no carro, tornou-se a figura-chave no contacto com a Guarda Nacional Republicana (GNR) para manifestar a sua preocupação com o silêncio da família. Foi este aviso que permitiu às autoridades confirmar as identidades dos ocupantes do automóvel, num processo doloroso e profundamente emotivo.

A Câmara Municipal de Mourão, profundamente consternada com a perda de uma família tão ligada à comunidade local, decretou dois dias de luto nacional em memória das vítimas. Todas as atividades programadas para o fim de semana foram canceladas em sinal de respeito e solidariedade. Em comunicado, a autarquia expressou as suas mais profundas condolências à família e amigos, sublinhando o impacto desta tragédia na vila alentejana e em todos aqueles que a conheceram.

As autoridades continuam a investigar as circunstâncias exatas do acidente, tentando esclarecer a causa da colisão frontal. 36 socorristas, apoiados por 16 viaturas, incluindo equipas de ambulância, bombeiros e polícia, estiveram no local, trabalhando incansavelmente para responder à tragédia. A investigação continua em curso, com as autoridades a apelarem a potenciais testemunhas que possam fornecer informações relevantes para o esclarecimento dos detalhes deste trágico acidente.

O incidente chocou não só a comunidade mourense, mas também todos os que acompanharam as notícias, evidenciando ainda mais a fragilidade da vida e a dor de uma perda tão repentina. A jovem sobrevivente, agora confrontada com a ausência dos pais, irmãos e da namorada de um deles, enfrenta uma dor indizível, enquanto a memória da sua família permanece viva entre aqueles que a conheceram e na terra onde nasceram.