A Polícia Judiciária portuguesa anunciou uma descoberta arrepiante na Mealhada, distrito de Aveiro, que poderá mudar o rumo de um dos casos criminais mais misteriosos e dolorosos de Portugal — o desaparecimento de Rui Pedro Teixeira Mendonça, ocorrido há 28 anos.
Durante uma operação de rotina em colaboração com a GNR, uma equipa especializada em investigação forense encontrou uma casa abandonada nos arredores da Mealhada. No local, foram recolhidos vestígios que, segundo fontes policiais, “apontam fortemente para a hipótese de Rui Pedro ter estado aqui detido”.
O achado foi mantido em sigilo durante as primeiras 48 horas, enquanto peritos da Unidade de Ciências Forenses da PJ realizaram análises químicas e genéticas preliminares. Fontes próximas da investigação confirmaram que foram encontrados restos de tecidos, fios de cabelo e marcas humanas recentes no interior da estrutura.
O que mais chocou os investigadores foi o facto de, entre os objetos recuperados, constar um caderno velho com anotações que mencionam o nome “Afonso”. As análises caligráficas iniciais não são conclusivas, mas reacenderam imediatamente o fantasma de Afonso Dias — o principal suspeito no desaparecimento de Rui Pedro.
Afonso Dias, que já havia sido condenado em 2012 por rapto simples, sempre negou qualquer envolvimento direto no sumiço do menino. No entanto, esta nova descoberta poderá reabrir o caso com novas evidências. “É uma das pistas mais promissoras dos últimos anos”, declarou uma fonte judicial sob anonimato.
A casa, coberta por vegetação e praticamente escondida por um muro alto de pedra, teria sido usada há décadas como armazém agrícola. Moradores locais afirmam nunca ter visto movimentação suspeita no local, mas recordam ruídos estranhos e luzes durante a década de 2000.
Filomena Teixeira, mãe de Rui Pedro, reagiu com emoção à notícia. “Quando me ligaram, tremi. Senti que o coração ia parar. Não sei o que encontraram, mas espero que seja a verdade, por mais dura que seja”, declarou à imprensa com a voz embargada.
Segundo informações oficiais, o material recolhido foi enviado para o Laboratório de Criminalística de Lisboa, onde passará por exames avançados de ADN e comparação com amostras genéticas da família de Rui Pedro. Os resultados devem ser divulgados dentro de 30 dias.
O porta-voz da PJ, inspetor João Ferreira, confirmou que a descoberta “abre uma nova linha de investigação sólida e coerente”. Ele destacou que o caso será tratado com a máxima prioridade, dado o impacto emocional e social que carrega há quase três décadas.
A notícia rapidamente se espalhou pelas redes sociais, reacendendo o debate público sobre a justiça e a eficiência das investigações em casos de desaparecimentos de menores. A hashtag #RuiPedro voltou a ser tendência nacional em poucas horas.
Especialistas em criminologia afirmam que esta descoberta pode representar uma “viragem histórica”. O professor Miguel Tavares, da Universidade do Porto, explicou: “Se as amostras genéticas coincidirem, poderemos finalmente estabelecer uma ligação direta entre Rui Pedro e o local onde ele possivelmente foi mantido cativo.”
A imprensa internacional também começou a acompanhar o caso. Meios espanhóis e britânicos relembraram a semelhança entre o desaparecimento de Rui Pedro e outros casos europeus de menores desaparecidos nos anos 1990, sublinhando a importância da cooperação transfronteiriça.
Enquanto as investigações continuam, a Polícia Judiciária reforçou a vigilância na região. Equipes com cães farejadores e drones estão sendo utilizadas para explorar áreas próximas à casa abandonada, em busca de mais vestígios que possam esclarecer o mistério.
Filomena Teixeira, incansável na sua luta por justiça, reafirmou a esperança de que “finalmente, depois de tantos anos, a verdade está a emergir”. A sua perseverança transformou-se num símbolo nacional de coragem e amor materno inquebrantável.
A reabertura do nome de Afonso Dias também trouxe à tona novas discussões sobre a revisão judicial do caso. Advogados e procuradores acreditam que, se houver novas provas, será inevitável uma reavaliação completa do processo.
Moradores da Mealhada continuam atónitos. Muitos relatam que a descoberta despertou memórias antigas e medos guardados. “Nunca pensei que algo assim pudesse estar tão perto de nós. É arrepiante”, confessou um residente local.
O Ministério Público confirmou que está a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos e não descarta a possibilidade de constituir novas testemunhas. “Tudo será analisado com rigor”, afirmou um procurador envolvido no caso.
Vinte e oito anos depois, o desaparecimento de Rui Pedro continua a ecoar como uma ferida aberta na consciência de Portugal. Agora, com a descoberta desta casa abandonada e o nome de Afonso Dias novamente em destaque, o país volta a esperar — entre lágrimas e esperança — por respostas definitivas.
Cada novo detalhe aproxima a verdade, ainda que dolorosa. E enquanto a justiça se move lentamente, a voz de Filomena continua a ressoar: “O meu filho merece paz, e Portugal merece saber o que realmente aconteceu.”