Chris Evans, um dos atores mais aclamados de Hollywood, acaba de gerar uma onda de polêmica ao criticar abertamente Marlon Brando e o diretor Bernardo Bertolucci, em resposta a revelações chocantes sobre a filmagem de “Último Tango em Paris”. Em um desabafo contundente no Twitter, Evans declarou: “Nunca mais verei esse filme, Bertolucci ou Brando da mesma forma. Isso é além de nojento. Sinto muita raiva, todas as cópias deste filme devem ser destruídas imediatamente.”
A controvérsia remonta a uma cena icônica do filme de 1972, onde Brando usa manteiga como lubrificante em uma sequência que, segundo o diretor, foi planejada sem o consentimento da atriz Maria Schneider, que tinha apenas 19 anos na época. Schneider, em entrevistas posteriores, revelou que se sentiu humilhada e abusada durante as filmagens, afirmando que a cena não estava no roteiro original e que foi informada sobre seu conteúdo momentos antes de ser gravada. “Eu estava chorando lágrimas de verdade. Eu deveria ter ligado para meu agente”, desabafou.
As declarações de Evans reacenderam o debate sobre o tratamento de mulheres na indústria cinematográfica e a ética nas filmagens. A atriz, que faleceu em 2011, sempre carregou o peso de sua experiência traumática, e a revelação de que o diretor manipulou a situação apenas intensifica a indignação pública. Enquanto Brando e Bertolucci foram celebrados por suas contribuições ao cinema, o legado de “Último Tango em Paris” agora é manchado por este escândalo.
A controvérsia não apenas reaviva as feridas de Schneider, mas também coloca em questão a forma como a indústria lida com o passado. Chris Evans, com sua voz influente, se junta a um crescente clamor por justiça e mudança, pedindo uma reflexão urgente sobre a cultura de abuso que ainda permeia o cinema. A indignação é palpável, e muitos se perguntam: até quando a indústria vai ignorar esses abusos?