TARIFAS, GUERRAS COLONIALISTAS E AS AMARRAS POLÍTICAS DA DEPENDÊNCIA – HUMBERTO MATOS
Em uma análise contundente, Humberto Matos expõe a crise estrutural do capitalismo e suas repercussões no cenário global e brasileiro. Durante uma discussão acalorada, Matos destaca como a ascensão de regimes tirânicos, como o dos Estados Unidos, e a perpetuação de ideologias dominantes estão moldando um novo tipo de fascismo. Ele argumenta que a atual crise do capitalismo é cíclica e devastadora, levando a um aumento das tensões políticas e à necessidade de uma resposta coletiva contra a opressão.
Matos explica que a ideologia dominante oculta a verdadeira natureza da crise, fazendo com que a população se volte contra espantalhos, como imigrantes e partidos políticos. Ele critica a promessa de progresso através da democracia burguesa e aponta que a frustração popular com a falta de melhorias sociais alimenta o crescimento do fascismo. “As pessoas ficam antisistema, mas sem entender o verdadeiro sistema”, afirma.
A situação se agrava com a emergência de novas barreiras econômicas e a formação de blocos políticos, enquanto o colonialismo se torna uma prática normalizada no Ocidente. Matos menciona a tragédia atual na Palestina como um exemplo flagrante dessa dinâmica. Ele alerta que o Brasil está enfrentando seu próprio desafio com o bolsonarismo, que representa um fascismo contemporâneo que ainda exerce influência sobre o poder.
Por fim, Matos enfatiza a importância de compreender a relação entre os países centrais e periféricos, destacando a China como uma potência contrahegemônica que desafia a lógica colonialista. Ele conclama à necessidade de libertação política para que países como o Brasil possam desenvolver suas economias de forma autônoma e sustentável. A luta contra o neoliberalismo e pela soberania nacional é, segundo ele, essencial para quebrar as amarras que mantêm os países pobres em um ciclo de dependência. A urgência dessa análise não pode ser subestimada em tempos de crescente polarização e crise global.