A trágica partida da renomada atriz Ariclê Peres, encontrada morta em seu apartamento em São Paulo, abalou o Brasil nesta manhã. Com apenas 62 anos, a artista, conhecida por sua elegância e talento, teve sua vida interrompida de forma abrupta e dolorosa. A suspeita inicial é de suicídio, após uma queda do décimo andar, que revela um lado sombrio da vida da atriz, marcado por uma luta silenciosa contra a depressão.
Ariclê, que nasceu em Campinas no dia 7 de setembro de 1943, deixou uma marca indelével na dramaturgia brasileira. Com mais de 40 peças e papéis memoráveis em novelas como “Anjo Mal” e “Canção para Isabel”, sua carreira era um verdadeiro testemunho de paixão e dedicação à arte. No entanto, por trás do sorriso e da presença marcante, havia uma batalha invisível que poucos conheciam.
A tragédia ocorreu apenas dois dias após a exibição de sua última cena na minissérie “JK”, onde sua personagem, Dona Júlia, também falecia. A ironia do destino não poderia ser mais cruel. Amigos e colegas do meio artístico, como Sérgio Mambert e Lima Duarte, se reuniram para prestar homenagens no cemitério Jet Semman, em Morumbi, onde flores e lágrimas marcaram a despedida de uma das mais queridas atrizes do Brasil.
A dor da perda é imensa, e sua partida traz à tona a urgência de se discutir a saúde mental, um tema que ainda é cercado de tabus. Ariclê nos deixou um legado artístico monumental, mas também um lembrete da fragilidade da vida, mesmo para aqueles que parecem invencíveis. Que sua história inspire todos a falarem sobre suas batalhas e buscarem apoio. O brilho de Ariclê Peres pode ter se apagado, mas sua arte e seu impacto permanecerão vivos em nossos corações.