Evaldo Braga, um dos ícones da música brega brasileira, teve sua vida marcada por uma trajetória de superação, sucesso e tragédia. Nascido em 27 de agosto de 1945, em Itajubá, Minas Gerais, Evaldo enfrentou uma infância difícil, marcada pela pobreza e abandono. Sua ascensão meteórica nos anos 70, com sucessos como “Sorria, Sorria” e “A Cruz que Carrego”, o transformou em um fenômeno musical, tocando o coração de milhões de fãs.
Entretanto, a fama trouxe consigo polêmicas e desafios. Em 1972, Evaldo foi condenado à prisão por tráfico de drogas, um episódio que até hoje gera debates sobre sua inocência e a possível manipulação política durante a ditadura militar. Mesmo encarcerado, ele não se calou, utilizando sua dor como combustível para compor novas músicas e expressar sua angústia em entrevistas.
A vida de Evaldo Braga, no entanto, teve um fim abrupto e trágico. Em 31 de janeiro de 1973, apenas alguns meses após sua libertação, ele morreu em um acidente de carro na BR-3, aos 27 anos, junto com seu empresário e o motorista. O impacto da notícia abalou o Brasil, deixando uma legião de fãs inconsoláveis e um legado musical que ainda ressoa até hoje.
A história de Evaldo é um lembrete poderoso da fragilidade da vida e da força da arte. Embora sua presença física tenha partido, sua voz e suas canções continuam a ecoar, imortalizando um artista que, em sua breve passagem, tocou a alma do Brasil. Evaldo Braga não é apenas uma memória; ele é uma lenda viva na música brasileira.