Miguel Falabella, um dos nomes mais icônicos da televisão brasileira, protagonizou um verdadeiro climão nos bastidores da novela “A Viagem”. Enquanto a trama, que fez história nas tardes da Globo nos anos 90, continua a conquistar novos públicos com suas reexibições, uma polêmica antiga ressurge, revelando tensões que marcaram a produção.
Em 1994, Falabella, que interpretava o personagem Raul, desabafou sobre a exaustiva rotina de gravações. Em entrevista à Folha de São Paulo, ele expressou sua frustração: “É uma novela muito cansativa de fazer. Tem cenários demais. A ação não é concentrada.” As críticas de Falabella foram direcionadas à coautora Solange Castro Neves, responsável pela adaptação da obra.
A resposta de Solange foi rápida e contundente. Ela destacou que outros atores, que enfrentavam uma carga de trabalho semelhante, não apresentavam queixas, insinuando que a insatisfação do ator poderia estar ligada ao desejo de um papel mais cômico, algo que claramente não se encaixava na seriedade de Raul.
Esse embate nos bastidores revela não apenas a pressão enfrentada pelos atores, mas também a complexidade das relações criativas na televisão. Com “A Viagem” novamente em alta, essa história traz à tona a luta entre a busca por reconhecimento e as exigências do ofício. O que parecia ser apenas uma novela se transforma em um palco de disputas e descontentamentos, mostrando que o glamour da TV pode esconder dramas intensos. A pergunta que fica é: até onde vai a pressão nos bastidores da fama?